terça-feira, 16 de junho de 2009

É preciso colocar os pés no chão

Desde que minha pequena nasceu eu conto nos dedos de uma mão as vezes que sai e deixei ela com alguem de confiança em casa (leia-se mainha e ou Lula). Ontem no final da tarde eu fui fazer supermercado com maridão afinal não tinhamos quase nada em casa, até o leite de Lalá estava faltando. Deixamos, então, ela na casa de voinha curtindo a agradável compainha dos avós e dos tios "odigo" e Berna e partimos sem a nossa menininha. Pelo papel do estacionamento fizemos tudo por lá em 1h e 15 minutos. Considerando ida e volta para Boa Viagem não passamos mais do que 1h 30 na rua, mas eu preciso compartilhar eu senti tanta saudade da minha princesinha. TUDO lembra ela. Os meus braços ficam vazios, entendem?

Ai quando estava na fila do caixa falei isso para Lula e perguntei: Como vou aguentar ficar oito horas longe a partir de agosto?
É gente, de ontem a exatamente um mês e 15 dias eu (infelizmente) estarei de volta ao batente. Não que eu não goste do meu trabalho, mas é que ela é pequeninha demais. Eu sei, eu sei o quanto é importante esta indepência, mas eu desde já sinalizo: Ficar longe de minha neném vai ser uma tortura.

E como resultado da conversa de ontem, hoje de manhã maridão (prático e virgiano como ele só) me acordou logo cedo tentando me convencer que preciso começar a fazer uns testes de horários e tal para criar uma nova rotina a partir da minha volta ao trabalho. Fiquei com o coração apertadinho com o rumo daquela prosa, mas agora a tarde amadurecendo melhor.. é verdade .. eu PRECISO mesmo começar a planejar melhor o meu retorno.

Por enquanto a única coisa certa é que o meu brigadeirinho vai ficar com a voinha Babinha e com a Voinha Tânia. Sebastiana (carinhosamente chamada por nós de Tânia) esta conosco há muitos e muitosss anos e ajudou a criar bem de perto eu e meus três irmãos, uma espécie de voinha de Lalá mesmo. Então, todos os dias a minha pequena ficará na casa dos avós. Por isso, estamos comprando um novo enxoval para a pequena Laís que esta ganhando quarto novo na casa dos avós, com o tema Pernambucanidade.

No segundo quarto da nossa florzinha iremos abusar dos artesanatos locais e do colorido de nossa terra. Acho que vai ficar bem legal. Mainha, ops voinha Babinha, já começou a comprar tudo de novo, para facilitar a logistica. Banheira, berço, comoda, roupas, mamadeiras... tudo já esta devidamente anotado na nossa listinha de compras.

Aqui em casa eu vou continuar sem ninguem. Por dois motivos bem básicos, primeiro: eu não tenho grana suficiente para contratar ninguem e segundo: eu realmente tenho dificuldade em ter alguem por aqui por perto, afinal são mais de dez anos só nós dois(eu e maridão). Mas estou aumentando os dias da faxineira/diarista para cuidar da arrumação das nossa bagunças noturnas.

Outra coisa que estou pensando seriamente é em deixar de ser professora a noite. O dia todo lá na empresa e mais a dissertação do mestrado para concluir (das cadeiras felizmente estou livre) já irão me tomar muito tempo da minha convivência com a minha filhinha. Enfim, sobre isso ainda não há nada fechado, mas é mais uma coisa que pretendo resolver.

Enfim, a única certeza no momento é que com ou sem aperto no coração eu tenho que pensar mesmo sobre estes assuntos operacionais, afinal o tempo é cruel e não poupa nem uma gostosa licença materniade. A cada dia que passa sinto que a minha hora irá chegar e nós temos que estar preparadas. Até lá só me resta curtir demais a minha gordinha. Dar bem muito beijo, dengar com ela na rede a tarde todinha e apertar bem muito as suas lindas bochechas.

Eu te amo, Minha Flor de Lis.

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